Artista brasileiro, Edgar nasceu em 1993 na periferia de Guarulhos, São Paulo. Atualmente vive e trabalha entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Poeta, artista plástico e performer, é um criador compulsivo cuja obra transborda autenticidade e liberdade, explorando diversos suportes e pesquisas em metalinguagem e transmídia.
Seu interesse pela arte começou na infância, incentivado por sua mãe, Dona Maria, a criar esculturas, desenhos e pinturas sobre azulejos. Desde então, trabalha com materiais ancestrais e tecnológicos: produz pinturas, instalações, performances, desenhos, compõe músicas, inventa jogos de cartas, escreve livros, realiza filmes, games e NFTs.
Há dimensões ritualísticas em sua produção, que também aborda temas atuais como a violência e o cenário político brasileiro. Em várias obras ele combina o sincretismo da cultura iorubá com técnicas de numerologia russa. Futurismo indígena e diáspora negra compõem seu repertório de pesquisa em ficções especulativas e curtos‑circuitos narrativos, mergulhando o público em um universo específico e indomável.
Hoje, a intensa navegação sedentária na rede expõe o artista a fluxos violentos de informação classificada que demandam resolução poética para uso cotidiano. Esse destrinchar permanente lembra práticas alquímicas artesanais que transitam entre o material e o virtual, plástico e palavras, tudo convertido em sistemas binários para consumo — quase como carne em uma oferenda fetichista, proteína para um novo ciclo de milagres entre inspirar e expirar, dólares e amores, navegando sem perder o tempo do bit.
Além da parceria musical com Elza Soares, Edgar tem colaborações com João Donato, Céu e BaianaSystem. Recebeu dois prêmios de Artista Revelação em 2018 (SIM e APCA) e o Prêmio Zumbi dos Palmares de São Paulo em 2019 por sua influência na luta antirracista. Recentemente assinou a direção de narrativa e trilha sonora de um game e de um longa‑metragem da diretora dinamarquesa Sissel Morell Dargis.
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